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Fora de Mim

by Colligere

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IDE The first album in 15 years by a Brazilian melodic hardcore band. I liked this band so much that I was very surprised and happy to see this release.

They've released some great albums alongside beautiful hardcore bands of the 00's like Shai Hulud, Taken, Life In Your Way, Hopesfall, etc., and their sparkling melodies is still alive and well today.

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1.
Lugar Algum 04:56
Deve haver uma palavra pra sensação de que o mundo vai desmoronar Vagamos por uma terra desconhecida Errando por caminhos traçados por outros pés Não reconhecemos as marcas deixadas nessa trilha Não reconhecemos as marcas em nossos corpos Mas nós vamos buscar Uma cartografia que invente outras formas de se deslocar Uma economia que invente diferentes formas de se produzir Do outro lado, era um campo aberto Ainda sem destino Como se o mundo acabasse ali E eu não vou a lugar algum sozinho Então, por favor, me diga Todas as maneiras tortas Pelas quais as coisas passam na sua cabeça Eu sei que não foi por mal Eu sei que você tentou me falar Do outro lado, era um campo aberto Ainda sem destino Como se o mundo acabasse ali Pelo que foi Contra o que foi Anuncia o que será O que foi… não mais será! O hábito é o que torna o mundo habitável Você refaz o caminho e encontra tudo em seu lugar O hábito nos transforma Se há um lugar pra ir, há pegadas Se há uma escolha, existe história pra contar Em cada memória, a chance de recomeçar
2.
Bárbaro 02:14
Um corpo impassível? Uma alma sem destino? Uma vida impiedosa? Quantas batalhas até o império cair? Sentado sozinho Esperando por nada Cercado por gente Que nada me diz E eu não falo coisa com coisa Me sinto o parente que deus nenhum quis Outro alguém Dormindo na rua Não é seu problema A dor não é sua
3.
Miragem 03:55
Tua presença me faz melhor! Tocado pela existência alheia e por sua beleza Não desejo, não quero possuir Sinto fora de mim Algo que me faz sentir Melhor comigo mesmo Como se não existisse só Sou um corpo no mundo Cercado de iguais Tudo aquilo que respira Plantas e animais Quase inalcançável, tão perto de mim Espelho onde vejo meu melhor.. E o pior Sinto seu toque, seu cheiro A espera pela sua voz faz do silêncio canção Mesmo que mal te conheça E o que eu penso seja miragem A semelhança está onde a razão não alcança O vento que sopra O fogo, a pedra, a água Quase inalcançável, tão perto de mim Espelho onde vejo meu melhor… E o pior O animal que sou A vida que temos em comum E que será Mesmo quando eu não mais
4.
Entre Nós 03:09
Dadas as mãos Há sempre um vão Entre nós O prazer toca o limite Sinto meu corpo fora Sinto meu corpo no seu O amor reúne e parte Vidas não se misturam Cruzam-se, mostram e escondem Se eu nunca sou o mesmo E há sempre tantas diferenças em você Como posso te encontrar? Como me reconhecer? Não cabemos um no outro Não nos cabe lamentar Então me deixa estar no seu corpo Feito tatuagem... em carne viva! Algo me arrasta Pra longe, fora de mim Somos dois neste exílio Lado a lado, rua sem fim Ao tocar-te, me afasto Traçando os contornos de nós Somos imensos Incompletos como o amor Somos puro desejo Falta Inclinação Precipício Precipitação
5.
Abissal 04:02
Às vezes queria não ter escolhas Grudado em cada pedaço do mundo Ser repleto e fechado em mim Como sino que soa Como fogo que queima O animal que vive por viver Mas há um espaço entre as coisas e eu Vazio de sentido, um abismo, o indizível, um breu Mas há um espaço entre você e eu Vazio... um abismo… Meu desespero! Queria poder preencher o que falta entre nós Mas o mundo é um tecido permeável e frágil Queria poder escapar daqui Como se pudesse me encontrar em outro lugar Queria poder escapar daqui Mudando de lado, buscando outro rumo Como se pudesse me encontrar em outro lugar Onde as coisas me dizem por quê Quando você foi... Lembrar.. Encheu de dor O que poderíamos preencher Com palavras, promessas, Risadas, mentiras... Com vida
6.
Alma 04:16
Respiro para controlar a ânsia de encontrar Algum instante entre o tédio e o sofrer Lembrar: tenho um corpo Qual será seu verso? O cinzel talha a pedra em meu peito Cada um sente o que é O lápis marca a folha na minha cabeça Ninguém sabe o que é Ausência que é estar aqui Renunciar o que não se tem Limites que libertam De um desejo sem fim Nada terminou agora Sempre é tempo de recomeçar Esquecer de mim Tornar-me quem sou Ausência que é estar aqui Renúncia que não me contém Limites que libertam De um desejo sem fim Sem apego, deixar-se viver Enfrentar meus demônios Saber seus nomes Movo os móveis ao meu redor, mudo a direção Doem os músculos que movo para respirar Morro aos poucos, sem dó. Mudas vingarão Dou ao mundo meu esforço para melhorar… um pouco Vagar obstinadamente, sem perda de tempo Deixar meu lugar, ir ao meu encontro Quem me diz o que preciso? Quantas vozes na minha cabeça! Viver é guardar algo que não se tem e esperar algo que não vem
7.
Luz e Sombra 02:48
Não é uma máquina mais forte que eu, sim Uma máquina que usa minha força contra mim Overdose de relações Mar de mensagens na garrafa Dados que ninguém pode processar Luz que me cega e me seda Estímulo que me extenua Triste não lugar Onde nunca deixamos de nos encontrar Mais uma dose desse elixir Sem cheiro, sem cor, sem sabor Que me dá náuseas da vida Vomito a frustração presa em minha garganta! E quando te vejo meus olhos se perdem Como se não pudessem descansar E eu não sei dizer o que sinto Sem poder deletar meus erros Há algo no olhar que só pode ser visto Por outro ser, outro alguém O som da respiração O cheiro da pele O toque das palavras Não há caminho para dentro de mim Devolver às imagens seu caráter revelador Deixá-las no escuro Até que uma memória perdida Viva pela primeira vez
8.
Há deuses enterrados no meu quintal Criadores do meu lar Protetores do que vai chegar Presto oferendas Na memória que não lhes deixa No remorso e na pena Na gratidão serena Presto oferendas No remorso e na pena Em uma gratidão serena Na memória que não lhes deixa partir Nome que não vai se apagar Conto suas histórias São minhas também Lhes encho de glórias “Era uma voz, um vento, um sussurro Relampo, trovão e murro Nos que se lembraram Ah se eu pudesse, só por um segundo... Rever os portões do mundo” E um dia espero estar Na lembrança de quem eu criei Perdoado pelos erros E amado por ser seu pai
9.
Desaparecido 05:52
Como escutar o silêncio? Como nomear a ausência? Nem morto, nem vivo Desaparecido “O que devo fazer?” se torna “como sobreviver?” Fazer surgir a evidência Revelar um segredo Que sabemos não saber Contra um poder que faz sumir por razões de segurança A câmera que protege, nossos olhos não alcançam Lembrar é mostrar o inexistente Dizer é negar sua própria negação E afirmar que estamos aqui! Sobreviver e ser mais do que nos foi permitido Erguer monumentos aos desaparecidos Vocês vão ajudar a desenterrar a verdade? Este é um dever dos vivos Não é um trabalho perdido A emergência de corpos que se quer esconder A urgência do apelo por um mundo comum Tornar visível e escutar a falta que se faz presença Democracia da sobrevivência “O que devo fazer?” se torna “como sobreviver?” Por cada crime de nosso passado Somos herdeiros e responsáveis

about

E se não houver um sentido oculto nas coisas? E se a ideia de um eu interior for apenas uma alucinação?

E se tudo existir apenas no espaço vazio entre eu e essas coisas sem alma? Entre você e esta ideia equivocada de mim?

O que faremos?

Nós fizemos um disco. Voltamos a nos encontrar. Depois que tudo estava perdido. E fizemos música.

Chamamos FORA DE MIM o produto desta reunião. Logo ele será lançado ao mundo. Este lugar onde nos encontramos e descobrimos quem somos.

O disco é produzido pela Flecha Discos.

A Powerline já está agendando os shows de lançamento.

Uma versão em vinil será editada pela Zoom discos.

credits

released November 4, 2022

A banda é formada por Brunno Covello, Gabriel Covello, Artur Roman, Tiago Barbosa e Rodrigo Ponce.

As músicas e letras deste álbum foram compostas em Curitiba, entre 2011 e 2022.

A produção e gravação aconteceu entre 2020 e 2022, no Estúdio Costella, em São Paulo, pelo trabalho de Gabriel Zander e Cyro Sampaio.

A arte visual do disco é uma criação de Amanda Beninca.

A imagem da capa foi revelada por Julio Covello, em algum lugar e tempo.

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colligere Curitiba, Brazil

O primeiro show do Colligere aconteceu no dia 20 de maio de 2000. O último... ainda não aconteceu.

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